A LOUCA DOS 3% CHEGOU

19:57


Dia 25 de novembro estreou todos os 8 episódios da primeira temporada de  3% na Netflix (essa maravilhosa ♥) mas resolvi o post agora para o povo entender que eu realmente sou a louca dos 3%! 

Sinopse da sérieEm um futuro pós-apocalíptico não muito distante, o planeta é um lugar devastado. O Continente é uma região do Brasil miserável, decadente e escassa de recursos. Aos 20 anos de idade, todo cidadão recebe a chance de passar pelo Processo, uma rigorosa seleção de provas físicas, morais e psicológicas que oferece a chance de ascender ao Mar Alto, uma região onde tudo é abundante e as oportunidades de vida são extensas. 
Entretanto, somente 3% dos inscritos chegarão até lá.

Já deu pra sentir que tem muita ficção científica e distopia por trás de 3%, não é?
A ideia de 3% é de dois estudantes da USP, que se inspiraram em Admirável Mundo Novo e 1984 e o roteiro e os posts foram recusados por três emissoras nacionais (como será que elas estão se sentindo agora????).
Além disso, temos o fator rebelião incluído na trama, já que existem vários cidadãos que não concordam com o Processo e o consideram injusto (VIVA A CAUSA).

ROTEIRO
Não tem como não notar os furos aqui e ali no roteiro enquanto a gente, mas ainda assim ele é ótimo. Os personagens vão ganhando voz e as personalidades vão ficando cada vez mais claras no decorrer dos episódios. 
Não tem como considerar os "mistérios" apresentados como verdadeiros mistérios, mas para uma primeira temporada estamos no caminho certo e não vejo a hora da segunda temporada. Que, por sinal, já foi confirmada (para o desespero das inimigas).

Da esquerda para a direita: Fernando, Marco, Joana e Rafael (também conhecidos como os reis dessa série toda) e Ezequiel

Acho bem importante ressaltar a falta de vilões e mocinhos nessa série. Ninguém é inteiramente bom, muito menos totalmente mal e o mais interessante é ver como cada um dos participantes do Processo vão se comportar durante as provas e é tão maravilhoso quando as máscaras começam a cair!

FERNANDO: Um deficiente físico, que usa cadeira de rodas e cresceu com um pai fanático pelo Processo. Acho bem dinâmica a relação pai-e-filho apresentada aqui. A sociedade de Maralto foi fundada por um casal que é chamado Casal Fundador e a história dos dois vira uma espécie de religião e existem pessoas realmente fanáticas, como se o Casal Fundador fosse realmente salvadores, quando, na verdade, eles dividiram a sociedade de uma maneira cruel e desumana. 
É nesse cenário de fanatismo e impotência que Fernando e deixo bem claro que não esperava nenhum grande feito dele durante a série (e estava certa).

MARCO: Era um dos meus favoritos, mas 3% foi bem tecida e nem tudo é o que parece. Marco seria a típica elite branca que acredita no mito da Meritocracia e por ter tal sobrenome ele acredita piamente que o Processo será brincadeira de criança para ele. Acho que o episódio em que a gente vê o circo pegar fogo foi um dos melhores e com uma mensagem bem desenhada: não existe mérito.

JOANA: Também conhecida como rainha da série toda. Uma das mlehores interpretações da série e uma das melhores personagens. Joana cresceu sozinha nas ruas do Continente e agarra a oportunidade do Processo com o objetivo de passar - mas não pelo que a gente acha.


RAFAEL: *alerta de fangirl* GENTE, O QUE É ESSE RAFAEL? Eu vivi uma relação de amor e ódio com esse idiota, mas, nossa! Um dos personagens mais complexos da série. Você nunca sabia o que essa criatura ia fazer, ao contrário do restante da turminha que vinha sempre com os mesmos discursos-e-ações. 


MICHELE: Vou ser bem sincera e dizer que amei a Michele e irei protegê-la. Ela não toma as melhores decisões ao decorrer da série, mas a história dela foi a que mais mexeu comigo e tô me coçando de curiosidade com o que vai acontecer com ela na nossa tão aguardada segunda temporada.


EZEQUIEL: Na minha opinião, ele não é o vilão da série, mas sim o anti-herói (e, sim, existe diferença). Ezequiel já faz parte dos 3% e é ele quem dirige o Processo, então, no comecinho, eu meio que odiava ele. Depois, não odiava mais. Daí eu odiava de novo e odiava muito! Mas o último episódio foi um la-cre só e eu realmente preciso terminar a segunda temporada para poder falar sobre ele mais (hahaha).


De modo geral, eu amei a série, o Netflix ARRASOU na produção (apesar de eu achar que o investimento mais caro foram nas garrafinhas tupperware, como a página 3% da depressão fez questão de ressaltar) e finalmente temos uma série de ficção científica nível gringolândia.

Eu só tô rindo (e muito, não nego) das pessoas que estão achando os defeitos em 3% (no enredo, na atuação do elenco etc) porque, gente, aqui não é Micão Tour não, viu?

Espero que tenham gostadooooo!

Bjs,
Adri.

Você também pode gostar de:

0 comentários