Mahoooe, quem tá vivo sempre resenha já diriam os pensadores contemporâneos! Como estão vocês? Bem, o post de hoje é a resenha de "A Redoma", de Felipe Benichio, livro recebido de parceria com o autor! É uma história complicada, tentarei explicar na resenha, vamos lá...




Antes de começar a leitura, Felipe me alertou a começar de vagar, lendo aos poucos e prestando atenção, confesso que não entendi o porque no momento, mas quando iniciei...

Após a destruição da Terra, os humanos foram obrigados a se mandar daqui a não ser que aceitassem morrer. Todos tiveram que passar a vivem e naves, "navegando" pelo extenso espaço até encontrarem um novo planeta que tivesse condições adequadas para a vida humana. Nada é como antes, a alimentação é trocada por pilulas de vitaminas, tudo é realizado metodicamente, a sobrevivência se torna muito mais difícil.


Até que um possível planeta é localizado, mas é desconhecido e os humanos ainda não tem nenhuma informação sobre o local. Stella, que é a pessoa que fica no auge do governo, resolve juntamente com outros criar uma espécie de "excursão" pelo planeta desconhecido. Pelo que eu entendi, o novo governo separou seus habitantes como em distritos, só que em naves, e em forma de sorteios foram escolhidos os grupos que iriam para o planeta ver se as condições de vida lhes seriam propícias. Viena, a nave dos personagens principais do livro, são retirados nesse sorteio e terão que partir no mapeamento do novo planeta.


Em Vetter, o planeta desconhecido pelos humanos, vivem os vetterianos em uma comunidade totalmente pacifica. Somos apresentados a 7814, um dos habitante de Vetter, e também um dos mais engenhosos. Os vetterianos não se comunicam a partir das ondas sonoras assim como os humanos, e sim telepaticamente e coletivamente, coisa que 7814 não concorda e tenta criar uma solução para a comunicação "pessoal", mas este pensamento não é aceito pelos outros indivíduos e é expulso da comunidade. Os humanos começa o processo de aterrissagem em Vetter, e com isso destroem a Redoma, uma espécie de lupa que tem como função aumentar a luminosidade do ambiente, elemento essencial para a sobrevivência dos vetterianos. Sem a Redoma, a vida em Vetter fica complicada, ainda mais com a invasão dos humanos.


Como os seres de Vetter são pacíficos, eles não se sentem ameaçados pelos humanos, e tentam conviver em uma boa. Mas como sempre, os humanos são ignorantes e querem a nova morada só para eles, e o massacre começa. Novas coisas são descobertas, uma relação entre "o" vetteriano e os integrantes da nave de Viena é de longe uma coisa fantástica, aventura e problemas acontecem durante a excursão no planeta. No meio da confusão a ignorância fala mais alto e os humanos se descobrem em uma guerra, só que diferente do que pensamos, a guerra não é contra os vetterianos e sim contra os próprios humanos.


A humanidade de Vetter corre risco de extinção, mas ainda existem humanos bons que tentam reverter esse processo...

Eu fiquei chocado com o final, o começo do livro é mais explicativo, eu tive problemas com a compreensão, mas a partir de certo ponto a leitura flui bastante. Achei a narrativa forte e bem elaborada, com vocabulário bem diversificado e sempre tentando deixar o mais explicado possível. A todo momento existe um esclarecimento no final das páginas. Achei inovador, bem complexo e planejado, o autor conseguiu construir uma ótima história. É impossível o leitor não se chocar durante a leitura, é tudo muito rápido, isso é legal, os pequenos personagens que aparecem no decorrer nos fazem se apaixonar por simples gestos, como o garotinho... pena que não é para sempre, ops!