MULHER MARAVILHA

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Não existe nada mais prazeroso do que assistir a um filme que além de ótimo, traga a tona discussões de grande importância social. 

Mulher Maravilha veio com o dever de reerguer a DC Comics no cinema. Depois de tantas criticas negativas aos primeiro filmes do novo universo cinematográfico, por fim alguém acertou as contas. Patty Jenkins não só conseguiu tirar a DC do buraco como conquistou a marca de primeiro lugar de bilheterias em um filme dirigido por uma mulher. Além disso, pela primeira vez um filme de heróis teve mais audiência feminina do que masculina. 

O filme é tão importante em tantos sentidos que é difícil falar todos! Mas além disso, o filme é muito bom!

Gal Gadot, que foi muito criticada quando escolhida para ser a Mulher Maravilha nos cinemas (eu com muito orgulho posso dizer que a defendi desde o início), deu um show de interpretação. Tanto nas cenas cômicas, quanto dramáticas. Além dela ser linda de morrer! 
Sua força de vontade em interpretar uma das maiores personagens do mundo geek é muito visível, ela coloca força e ingenuidade na medida certa. 

Seus colegas de elenco fazem bem seu trabalho tanto os vilões, e que vilão senhoras e senhores, quanto o mocinho já conhecido Steve Trevor, interpretado pelo Chris Pine. 

A fotografia do filme é assustadoramente bela! O primeiro ato com as Amazonas e de dar gosto e orgulho da imagem de nós mulheres badass. Quando somos enviados a nosso mundo real, a diferença é gritante. Enquanto de uma lado tudo tem cor do outro é tudo nebuloso. 

No roteiro houve a mudança das guerras, a história da Mulher Maravilha é sempre contada na Segunda Guerra Mundial, mas aqui virou a Primeira. E que tiro certeiro, afinal já estamos fadados de heróis enfrentando a Alemanha nazista. E a diretora não esconde o quanto a Primeira Guerra também foi terrível. Eu mesma chorei em três pontos do filme que nem tinha uma ligação emocional com os personagens centrais. Jerkins trouxe a crueldade que assolou nosso mundo uma vez a anos atrás e ela é crua e feia! Outro pequeno detalhe, mas que não passa despercebi a quem gosta de história mundial. É que sutilmente a diretora não deixa de tocar no assunto de que não são só os alemães os vilões da guerra, o lado britânico também fez coisas horríveis. 

Enquanto isso temos duas grandes revelações no filme, uma que já esperamos e outra que surpreende, mesmo quem já suspeitava (tipo eu!).

A trilha sonora é aquela já conhecida em Batman Vs Superman, toda vez que tocava era aquela certeza na minha cabeça: VAI TER PORRADA! 
E que bonito de ver as disputas que surgem durante o filme até o último ato. Contudo, ai eu encontrei algo que me incomodou muito e não tem defesa: slow motion exagerado. Eu queria bater na diretora, por que foram muitos e seguidos, parecia que a diretora não sabia mais quais artifícios de cortes e imagens usar. Tirando isso, achei um samba e um ensinamento para muitos outros filmes. Você não precisa de um exercito de centenas para fazer um confronto final dar certo! 

As partes cômicas, que tantos críticos pediam para a DC fazer, deu certo! E na minha opinião bem melhor que a formula da outra editora concorrente. Aqui as piadas não existem, o engraçado está no natural, é como quando você está em um grupo de amigos falando sobre um assunto qualquer e um comentário normal acaba se tornando cômico e todos riem. É tão natural que parece que foram os atores que improvisaram tudo.

O vestuário ficou total condizente com a época, ao ponto de eu remeter a outro filme que passou pelos mesmo anos 30/40: Animais Fantásticos. Na hora que vi determinadas roupas a Tina e Queene me vieram a mente. E isso é tão bom.

Sim eu fico feliz por coisas bobas no cinema. 

E simmmm Mulher Maravilha é o filme que mais amei do novo universo da DC até agora, e reacendeu aquela chama de que Liga da Justiça talvez tenha uma chance! Só vem Snyder 

Mulher Maravilha, é um filme bem desenvolvido, bonito visualmente, bem construído com seus personagens e roteiro, harmonioso com sua música. E de muita importância social para a mulher de hoje. Obrigada Patty Jenkins, Obrigada Gal Gadot.

Vamos nos valorizar mulherada!

Ps: fiquei chateada esperando que no final o filme fosse dar uma abertura a Liga da Justiça e não deu! Mas a gente supera.



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